Bem vindo à Clínica Dale

Horários : Segunda a sexta - 8h às 17h
   - Torre do Rio Sul - Tels (21) 2543-3113 l 2543-1355 l Cel (21) 99763-0506 l Wapp (21) 96453-1648

All Posts in Category: Artigos

INSEMINAÇÃO CASEIRA – Entenda os Riscos e Cuidados Necessários

Segundo a mídia, o número de mulheres solteiras e homoafetivas que vem se utilizando da Inseminação Caseira vem aumentando.
Nosso dever é de alertar a estas mulheres dos riscos que podem correr com este tipo de reprodução caseira.


Infecções: Existem as doenças sexualmente transmissíveis (Sífilis, Gonorreia, Hepatite B e C, HIV, HTLV dentre outras). Um exame de sangue pontual não exime a possibilidade de transmissão de uma infecção. A gonorreia, Clamídia e outras, não são detectadas pelo sangue. Uma infecção adquirida, e no curso de uma gestação, podem trazer consequências graves.


Alterações genéticas: Os exames específicos para prevenir transmissão de alterações, não é feito por estes “doadores (alterações recessivas e estruturais dos cromossomos e doenças familiares). As doenças recessivas, que forem concomitantes na mulher e doador podem levar a um risco de 25% de ter a doença no feto. As estruturais a Síndromes que podem via a nascer, como o DOWN, ou que provocariam abortamentos.


Riscos sociais: Pode este doador vir no futuro, por investigação de paternidade, quere alguma vantagem por ser o pai biológico. Saibam que no Brasil, a norma do CFM, proíbe a doação de óvulos e espermatozoides com identidade conhecida, exatamente para não haver qualquer tipo de vínculo. O contrário é verdadeiro, imaginem que seu filho queira ter contato com u doador conhecido, que já seria pai de inúmeros filhos por este método.


Finalmente qual o interesse de um indivíduo “doar” sêmen a uma estranha. Altruísmo?, Dinheiro?, Perversão?


Os bancos de gametas oferecem avaliações extensas da parte psicológica, genética, infecciosa, dados pessoais e familiares, anonimato. São a forma mais segura para obtenção de uma gestação.

Leia mais

Dr. Luiz Fernando Dale para o Portal de Boas Práticas do IFF/Fiocruz Infertilidade: O que pode ser feito?

No contexto do mês da Conscientização da Infertilidade, o responsável do Ambulatório de Reprodução Humana do IFF/Fiocruz, Luiz Fernando Dale, foi consultado sobre este problema de saúde que afeta milhões de pessoas no mundo

Por Mayra Malavé-Malavé (IFF/Fiocruz)

Ao longo de junho, comemora-se no mundo o mês da Conscientização da Infertilidade, com o intuito de trazer à sociedade a reflexão sobre os cuidados com a fertilidade humana, pois os problemas para casais engravidarem é uma condição cada vez mais comum na vida moderna. Então, é necessário sensibilizar a população sobre as formas de cuidar da capacidade de procriação, falar sobre os tratamentos disponíveis para prevenir ou reverter a infertilidade em homens e mulheres, bem como combater os estigmas sociais que possam existir em torno às dificuldades de reprodução humana.

O responsável pelo ambulatório de Reprodução Humana do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Luiz Fernando Dale, comenta que a infertilidade se refere à incapacidade de um casal conseguir engravidar, após um ano de vida sexual sem contracepção.

Conforme a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), no Brasil, cerca de 8 milhões de indivíduos podem ser inférteis.

Dados
Estatísticas internacionais alertam sobre o aumento da infertilidade nos últimos anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade é um problema de saúde global que afeta entre 48 milhões de casais e 186 milhões de pessoas no mundo, o que representa 15% da população total do planeta. Conforme a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), no Brasil, cerca de 8 milhões de indivíduos podem ser inférteis. Dados do relatório do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (Desa), das Nações Unidas (ONU), publicado em 2019, advertem sobre a baixa da taxa global de fertilidade nos últimos anos. A pesquisa reflete uma queda de 3,2 nascimentos por mulher, em 1990, para 2,5, em 2019, projetando a continuidade da baixa da natalidade para 2,2 nascimentos por mulher, em 2050, sendo que é necessário um nível de fecundidade de 2,1 nascimentos por mulher para evitar o declínio da população.

Detecção
Embora esses dados sejam preocupantes, em contrapartida, a reprodução humana é um dos ramos da medicina com mais avanços significativos nas últimas décadas. Sobre o processo da avaliação inicial do casal com dificuldades de fertilidade, Luiz Fernando Dale explica. “A pesquisa é feita com base em três pilares: a avaliação da ovulação, a avaliação do esperma e a avaliação do caminho que eles vão percorrer para se encontrar, ou seja, do útero e das trompas de falópio. Nesse sentido, temos exames específicos para cada um desses segmentos: fazemos um estudo hormonal, para ver a parte ovulatória, um espermograma, para avaliar a quantidade e qualidade do esperma, e uma radiografia das trompas de falópio, para saber se essas trompas são permeáveis, se esse útero tem ou não algum problema. Vários outros exames também podem ser feitos a partir desses três primeiros, dependendo de cada resultado, o especialista em reprodução humana indicará determinado tratamento ou determinada forma de suplantar a infertilidade”.

Causas
A infertilidade pode ser causada por muitas razões, sejam fatores masculinos, fatores femininos, uma combinação de ambos e, inclusive, às vezes é possível não saber o motivo da infertilidade, o que é chamado de ‘infertilidade idiopática’. De qualquer forma, tanto em mulheres quanto em homens, fatores ambientais e de estilo de vida (como tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade e exposição a poluentes ambientais) têm sido associados a menores taxas de fertilidade.

Para descobrir o que está causando os problemas de fertilidade, a orientação de Luiz Fernando Dale é consultar sempre um médico especializado em reprodução humana. “Às vezes, os pacientes procuram um ginecologista, mas, em geral, o ginecologista talvez não tenha o conhecimento aprofundado da reprodução humana, ele é capaz de dar uma orientação, mas quando se aprofunda na pesquisa e no tratamento, talvez não seja a área de foco desse profissional. Do lado masculino, a maioria dos urologistas são cirurgiões com foco em rins, bexiga e próstata, raramente tem urologistas que se ocupam da parte de reprodução. Por isso, o conselho é após consulta com o ginecologista ou urologista, procurar o referenciamento médico para o especialista em infertilidade, que se ocupará de analisar o casal que está tentando engravidar para indicar o melhor tratamento”.

Hoje, para reverter a infertilidade os especialistas em reprodução humana contam com: tratamentos clínicos, cirúrgicos e laboratoriais.

Tratamentos
Os tratamentos, baseados nos três segmentos antes abordados, serão indicados após um diagnóstico claro. “Muito se fala sobre ‘esterilidade sem causa aparente’ ou ‘infertilidade idiopática’, mas nesse grupo de casais é possível que estejam em falta de algum determinado exame, ou tenham feito algum exame que foi mal realizado ou que foi mal interpretado, então, certamente a infertilidade idiopática se reduz muito a um pequeno grupo de casais que vão ter esse diagnóstico correto”, explica Luiz Fernando Dale.

Seguindo com os tratamentos, eles podem ser: laboratoriais, cirúrgicos e clínicos. Conforme explicado pelo especialista em reprodução humana do IFF/Fiocruz, os tratamentos clínicos “são aqueles em que são realizadas algumas orientações para indicar alguma medicação para o casal fazer esse tratamento em casa, seguindo as indicações. Os tratamentos cirúrgicos, são aqueles em que procuramos retirar uma obstrução, um impedimento, uma alteração do útero, das trompas ou na cavidade abdominal que estejam impedindo a concepção. Esses tratamentos são feitos através de videohisteroscopia ou videolaparoscopia. Já os tratamentos de laboratórios, são aqueles em que trabalhamos com os espermatozoides e óvulos no Laboratório para que se consiga essa concepção através da inseminação artificial ou da fertilização in vitro”.

Luiz Fernando conta como são realizados os procedimentos de laboratórios. “No caso da inseminação, tendo trompas saudáveis e uma ovulação ocorrendo, são colocados os espermatozoides dentro do útero para assim obter uma probabilidade de gravidez em determinadas indicações. Outro tratamento deste tipo é a fertilização in vitro, que já é um passo além, utilizado em pacientes com diversos diagnósticos e indicações, por exemplo, nos casos de obstruções do caminho, em que o óvulo não consegue encontrar o espermatozoide, então essa fertilização é feita no Laboratório para que o embrião possa ser colocado no útero”, esclarece Dale.

Dr. Luiz Fernando Dale
Dr. Luiz Fernando Dale

Dale comenta sobre os serviços realizados no IFF/Fiocruz. “Temos a possibilidade de tratar os casos de infertilidade clínica, assim como os casos cirúrgicos, mas, infelizmente, hoje na esfera pública do país, os serviços que trabalham com reprodução assistiva nos laboratórios são muito poucos, no Rio de Janeiro não temos, somente alguns outros locais do Brasil, como São Paulo, Minas Gerais, Recife e Brasília contam com serviços públicos que auxiliam a parte do Laboratório de Fertilização”.

“No caso das mulheres, a idade é um fator que influencia as chances de gravidez”, Luiz Fernando Dale, especialista em reprodução humana do IFF/Fiocruz

Idade: fator determinante
Nas mulheres, com o decorrer do tempo, aproximadamente após os 30 anos de idade, as reservas de seus óvulos diminuem e envelhecem. No caso dos homens, a produção de espermatozoides perde qualidade. Portanto, quanto mais velhos, mais complicado é conseguir uma gravidez – de fato, a idade é um fator determinante na procriação.

Segundo Luiz Fernando Dale, a mulher nasce com todos os óvulos que vai usar na vida, entre 1 e 2 milhões de óvulos, chega na puberdade e esse número cai para 250 mil, tendo durante sua vida cerca de 500 ciclos menstruais. “Esse número de óvulos é tão grande ao nascer, porque a partir da puberdade, esses ovários vão gastar vários óvulos por mês, e mensalmente o hormônio reclutará um deles para fazer crescer e ovular, enquanto os outros se perdem. Isso faz com que ao longo da vida, a mulher tenha um estoque, um gasto e um fim de óvulos. Esse fim, é na menopausa, quando os óvulos acabam”.

A boa notícia, conforme informa o responsável pelo Ambulatório de Reprodução Humana do IFF/Fiocruz, Luiz Fernando Dale, é que “hoje existem exames que podem mostrar como está a reserva desses óvulos nos ovários, não com números, mas se a reserva é pequena, média ou grande, permitindo orientar a paciente”.

Por outro lado, também é necessário considerar as possíveis intercorrências que uma pessoa pode ter durante a vida. “Algumas cirurgias, tratamentos e quimioterapias podem destruir parte desses óvulos, mas o importante é saber que enquanto a mulher estiver tendo menstruação regular, não importa se esse ovário baixe 100, 50, 20 ou dois óvulos, nesse cenário um ovário vai estar sempre ovulando, então a quantidade não seria um grande problema para engravidar, o que pode incidir demais na conquista dessa gravidez é a qualidade do óvulo, e isso já responde a parte genética”, esclarece Dale.

As alterações genéticas podem provocar insucessos, tais como: não há fertilização; a mulher fertiliza, mas não engravida; ela engravida, mas aborta de forma espontânea ou pode vir a nascer um bebê com malformação. “Isso pode acontecer em qualquer idade, mas o avançar da idade aumenta essa probabilidade ao ponto que, uma mulher de 30 anos, tenha cerca de 30% dos embriões formados alterados, enquanto uma mulher de 46 anos, talvez esteja com todos os seus embriões alterados. Por isso, no caso das mulheres, a idade é um fator de muita importância para as chances de gravidez. Em pacientes com mais de 30 anos, a chance de engravidar cai notavelmente, pois quanto maior a idade, menor a qualidade do óvulo”, finaliza o especialista.

Por isso, é fundamental conscientizar a sociedade sobre o planejamento reprodutivo e o cuidado da saúde sexual e reprodutiva, a fim de aumentar as chances de prevenir qualquer caso de infertilidade com tempo.

Para mais informações sobre o assunto, clique aqui e assista ao mais recente “Encontro com Especialistas” do Portal de Boas Práticas do IFF/Fiocruz, que abordou o tema “Infecções genitais e Infertilidade”, com participação de Luiz Fernando Dale e da assistente social do Instituto, Ana Lucia Tiziano.

Leia mais

Faça Aqui Download do Livro do Dr. Dale – “Crescei e Multiplicai-vos”

Crescei e Multiplicai-vos e se não der certo – Tudo que você precisa saber sobre Fertilidade

O livro divide um pouco da experiência de mais de 30 anos na área da Reprodução Humana do especialista Dr. Luiz Fernando Dale.
Quando nos deparamos com uma dificuldade na vida, a primeira atitude é de medo, ansiedade, tensão. Neste momento cada indivíduo reage de uma maneira. Uns enfrentam com coragem e determinação, outros paralisam diante da situação e alguns se fecham e recuam. Muito desse medo acontece por falta de informação ou por preconceito. Quando nos tornamos cientes ou familiarizados com um assunto, ele passa a não ser mais um bicho de sete cabeças.
No livro são abordadas as dúvidas mais frequentes sobre reprodução humana de uma de forma coloquial e direta e faz com que o passo a passo de um tratamento de fertilidade para o casal seja desmistificado.
Nos capítulos veremos também um pouca da trajetória profissional do Dr. Luiz Fernando Dale e nos emocionaremos com histórias reais de mãe e pais que conseguiram realizar os seus sonhos.

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR

Dr. Luiz Fernando Dale
Médico – Especialista em Reprodução Humana
Formado em 1976, no RJ, especialização em ginecologia na PUCRJ. Em 1978/80, especializou-se em Medicina da Reprodução, pela Universidade de Paris V, e trabalhou neste período como assistente do Professor Jean Cohen, no Hôpital de Sèvres, em Paris. Fez parte da equipe que trabalhou com os primeiros casos de fertilização in vitro, na França, logo após o anuncio do nascimento do 1º bebê de proveta do Mundo (Louise Brown-1978). Em 1981, estagiou no serviço de Reprodução Humana do John Hopkins (Baltimore – USA). Ao retornar ao Brasil foi um dos pioneiros da nova especialidade, a Medicina da Reprodução. É Diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, Membro da American Society for Reproductive Medicine desde 1983, da Societé Française de Gynecologie desde 1987 e Membro da European Society of Human Reproduction and Embriology desde 1997.

Leia mais

Reprodução humana e comunidade LGBT

Reprodução humana e comunidade LGBT

Enquanto homem ou mulher, ter filhos é uma alegria que qualquer um merece experimentar. É uma
das funções naturais do ser humano, o mesmo que tato, olfato etc. Não tê-los, poderá significar para
alguns uma lacuna de vida. Outros talvez aprendam a viver sem. Mas é impossível em algum momento
não se refletir sobre o assunto.

Nosso Centro sempre esteve na vanguarda, na oferta de serviços em Reprodução Assistida para todo e
qualquer indivíduo que queira ter filhos. Não fazemos nenhuma distinção quanto à orientação sexual,
apenas seguimos as normas do Conselho Federal de Medicina que impõe determinadas restrições.
Não importa em qual estagio da definição de sua orientação, estamos à disposição para ajuda-los a
conseguir a gravidez desejada, ou preservar a possibilidade de procriação em algum momento de sua
vida.

Estamos aptos a ajudar todos os indivíduos que pensam em um dia procriar usando seus próprios
gametas independente da definição pessoal de vida.

HOMOAFETIVOS FEMININOS:

Inseminação intrauterina: Esperma de Banco de Sêmen

Com útero e trompas saudáveis, uma simples inseminação artificial, poderá alcançar uma gestação. O
ciclo ovulatório é monitorado com a ultrassonografia, utilizando-se o ciclo natural ou estimulado.
Sabemos então o momento que ocorrerá a ovulação, descongela-se a amostra de sêmen, e por um
simples exame ginecológico, uma sonda muito fina e maleável, colocamos direto dentro da cavidade
uterina. A probabilidade de gestação é igual a natureza, dependendo da idade, em média 30/35%.
Quando algum fator tubário existe, uma fertilização in vitro poderá alcançar o objetivo.

Fertilização in Vitro Reciproca:

Mulheres homoafetivas, mesmo sem nenhum problema de fertilidade, pode escolher em extrair óvulos
de uma parceira, fecunda-los no laboratório, com esperma de Banco, e o embrião conseguido, é
transferido ao útero da outra parceira. Isto leva a ambas as parceiras estarem profundamente
envolvidas com esta gravidez.

A parceira que produzirá os óvulos será estimulada com hormônios naturais, aumentando o
recrutamento de óvulos pelos ovários. Este tratamento dura em média 15 dias, com controles de
sangue e ultrassom. No momento que os folículos chegaram ao tamanho ideal, por via vaginal
ultrassonográfica, com leve sedação, aspiramos estes óvulos. Encaminhados ao laboratório contiguo,
aonde serão inseminados pelos espermatozoides de Banco.

A parceira que receberá os embriões conseguidos será preparada em paralelo, com hormônios naturais
orais, para que o útero se prepare para receber o/os embriões.

Após 3 dias de cultivo no laboratório a parceira/receptora, retorna a clínica para a colocação do/dos
embriões no útero, por um simples exame ginecológico, seguido da transferência para o útero.

A chance de engravidar, pode variar de acordo com a idade da parceira/ doadora (idade do ovulo),
sendo em média de 30 a 45%.

De acordo com o Conselho Federal de Medicina a utilização do esperma de doador, só pode ser
utilizado anonimamente, a partir de Bancos de sêmen. É vedado o uso de sêmen de conhecidos, ou
irmãos e parentes.

HOMOAFETIVOS MASCULINOS:

A única possibilidade de concepção para homoafetivos masculinos é pela doação de óvulos e útero de
substituição.

A normatização do Conselho Federal de Medicina estipula que óvulos só podem ser doados
anonimamente, quanto ao útero de substituição, entre parentes até 4 * grau, pode ser utilizado.
Situações pontuais, de falta de um parente para carrear a gestação, pode-se através dos Conselhos
Regionais de Medicina, entrar com um processo bem embasado, para utilização de útero não
aparentado. O sêmen, no caso pode ser de um dos parceiros.

O tratamento feito através da fertilização in vitro, é semelhante ao acima descrito, sendo que o
anonimato da doadora é obrigatório.

TRANSGÊNEROS:

Você que nasceu com um sexo anatômico, mas considera-se do sexo oposto, passa por uma série de
decisões e definições durante a vida, até o momento que assume aquela orientação. Até o momento de
iniciar sua transição, muito tempo pode passar, ou há casos que este momento é mais rápido.
Obviamente dependerá de cada indivíduo, família, e ambiente social, e principalmente a idade.

A transição é o momento da assunção e a partir dali se submeterá a um tratamento, para uma
transformação física. Este tratamento envolve uma terapia hormonal, com medicamentos à base
Estrogênio (hormônio feminino) ou androgênio (hormônio masculino).

Ideal seria que antes do início desta mudança o indivíduo tivesse uma consulta com o especialista de
fertilidade, para elucidar as tantas questões em relação a Reprodução futura.

Transgênero masculino (nascido mulher):

A utilização de Testosterona (hormônio masculino) criará mudanças significativas no seu corpo,
incluindo parar de ovular, e ter ciclos menstruais. Os seios dependerão da idade de início do
tratamento. Já desenvolvidos, apenas a cirurgia plástica, com a sua remoção poderá resolver. A
fertilidade pode ser restaurada em alguns meses após a parada da reposição hormonal (mas não
garantida)

Antes da Transição: Através da inseminação ou da relação sexual antes de iniciar a reposição hormonal,
pode ser uma opção para certas pessoas. Muitos não querem passar por esta opção, pelo tempo ou
falta de decisão sobre o que quer no futuro.

Congelamento de óvulos

Você pode preservar a chance de engravidar, pelo congelamento de óvulos antes do início de sua
transição/ inicio de medicação. Este tratamento envolve a utilização de medicações para estimular os
ovários, por 15 dias, aspiração destes óvulos, por via vaginal e sedação leve. Os óvulos congelados
podem ficar eternamente neste estado sem perder o potencial. Importante compreender, que não
estamos guardando uma gravidez ou bebe, mas o potencial daqueles óvulos poderem lhe dar uma
gestação no futuro.

Congelamento de Embriões

Outra opção é fertilizarmos estes óvulos com esperma de seu parceiro ou de sêmen de um banco,
congelando já o embrião para uso futuro. Esta opção envolve outras questões como guardar um
embrião, que para alguns pode ser uma vida!

Concepção com doador

Se você tem uma relação com uma mulher, pode-se usar um sêmen de Banco de Sêmen, para se criar
uma família. Se este é solteiro/a, deverá engravidar antes do início do tratamento, ou fazer uso de uma
doadora ou útero de substituição. Aquelas com uma parceira não transgénero, poderão engravidar com
o útero desta e iniciar seu tratamento.

Ter um Filho após o início do tratamento

Se você é solteiro ou tem como parceiro um homem, e preservou a sua fertilidade, poderá engravidar
usando os óvulos congelados, com esperma dele ou de Banco, e colocado o embrião em você ou em
útero de substituição.

Se não congelou os óvulos, e não se submeteu a retirada dos ovários, poderá produzir óvulos a partir
da parada dos hormônios masculinos. Esta modalidade deve ser monitorada pelo seu médico, pois a
manutenção destes durante a gravidez poderá afetar a evolução, e genitália do bebe.

Se você tem como parceira uma mulher você pode considerar usar sêmen de Banco de Sêmen. Se seu
parceiro é um homem, poderá utilizar um óvulo doado e útero de substituição. Você será legalmente
ligada a este bebe, mas não geneticamente.

Transgênero mulher (nascido homem)

O hormônio utilizado é o Estrogênio (feminino) irá ao longo do tempo inibir a produção de
espermatozoides, e tornar difícil uma ereção ou ejaculação. Seria incerto a retomada de produção de
espermatozoides, após cessar o uso de hormônios, mas não é impossível. Entretanto opções
reprodutivas existem depois da terapia.

Concepção Natural

Se você tem uma parceira mulher, concepção pela relação sexual ou inseminação artificial é o mais
simples e barato método de iniciar uma família, mas pode ser emocionalmente difícil.

Congelamento de Esperma

O congelamento de esperma antes do início do tratamento hormonal é o mais simples, rápido e seguro
método de preservar a fertilidade dos espermatozoides. Usualmente colhido por masturbação em uma
clínica especializada, ou pode ser colhido em casa, em recipiente fornecido pela clínica. O sêmen é
guardado em alíquotas separadas, servindo cada uma para uma tentativa. Habitualmente
recomendamos guardar 6 a 8 alíquotas de uma ou duas coletas.

Aqueles que não conseguem colher podem ser aspirado sob anestesia diretamente do testículo.

Reprodução Assistida

Aqueles com parceira mulheres poderão usar esse sêmen, em uma inseminação ou fertilização in vitro,
e os com parceiros masculinos, utilizar, a doação de óvulos e o útero de substituição.

Após o início da terapia hormonal

Se você guardou o esperma e tem o relacionamento com uma mulher, inseminação ou Fertilização in
vitro, se com homem, óvulos doados e útero de substituição.
Se você não guardou o esperma, e não fez cirurgia afeando os genitais, poderia parar os hormônios e
aguardar a volta da produção de espermatozoides, habitualmente, pode levar de 3 a 5 meses. Alguns
casos podem não ser reversíveis.

Se você tem como parceiro um Homem, deverá recorrer a uma doação de óvulos e útero de
substituição. Se sua parceira é uma mulher, você pode usar um banco de esperma.

Todas estas informações foram disponibilizadas, para melhor compreensão, de como a Medicina da
Reprodução, pode ajudar àqueles que desejam ter filhos, independentemente de sua orientação sexual.
Todo ser humano tem direito a ser feliz, cada um da maneira que melhor achar.

Leia mais