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Tratamento para Infertilidade Feminina

Tratamento para Infertilidade Feminina

O tratamento feminino poderá ser:

  • Transtornos da ovulação: indução da ovulação com hormônios, sendo preferencialmente os naturais.
  • Transtornos do trajeto:
  • Alterações da vagina: cirurgia ou inseminação artificial
  • Alterações do colo útero: ausência do colo ou alteração na secreção do muco cervical: Inseminação artificial
  • Alterações da cavidade uterina: Cirurgia ou Doação temporária do útero
  • Alterações tubárias: Cirurgias corretivas ou Fertilização in vitro
  • Alterações da captura do óvulo: Cirurgia ou Fertilização in vitro

Doação de Óvulos

A doação de óvulos é alternativa para aquelas pacientes que não possuem os ovários ou estes, por alguma razão, não produzem óvulos. É uma opção também para mulheres que não conseguem mais, por causa da idade, gerar um filho com seus próprios óvulos.

Compreender a diminuição do numero de óvulos, é simples, pois a mulher nasce com todos os óvulos nos ovários, e durante a vida reprodutiva “gasta” os óvulos, que não são repostos pelo organismo. Com isto à medida que a idade avança, diminuem o numero de óvulos no ovário. No momento que estes terminam, a mulher entra então na menopausa.

A idade acomete também a qualidade do óvulo. Isto já é mais difícil de explicar. Existe algum fator, que ciência desconhece que vai atuar na qualidade genética do óvulo. Diminui a capacidade de fecundação do óvulo, e aumenta a incidência de malformações fetais que podem levar a um aborto espontâneo ou uma malformação compatível com a vida, sendo que a mais comum na espécie humana é a síndrome de Down.

A tabela abaixo demonstra o resultado de fertilização in vitro, de acordo com a idade da paciente. Podemos também comparar estes resultados aos índices de gravidez conseguidos naturalmente, e estes são muito semelhantes. Demonstramos com isto que a dificuldade estaria ligada estreitamente apenas ao fator idade.

Outro fato importante é o aumento da incidência de má formação fetal, que cresce proporcionalmente com a idade. Existem malformações compatíveis com a vida e incompatíveis. As primeiras são aquelas que chegam ao nascimento e sobrevivem por períodos distintos. Aquelas incompatíveis terminam em abortamento, como se a natureza eliminasse um ser que não tem capacidade nenhuma de sobrevivência. (veja o exemplo da taxa de aborto em relação à idade na tabela acima).

Como exemplo a tabela abaixo mostra a incidência da Síndrome de Down:

  • Idade Risco da Síndrome de Down
  • 20 anos 1 em cada 1667 bebês é afetado
  • 35 anos 1 em cada 378 bebês é afetado
  • 37 anos 1 em cada 250 bebês é afetado
  • 40 anos 1 em cada 106 bebês é afetado
  • 41 anos 1 em cada 82 bebês é afetado
  • 43 anos 1 em cada 49 bebês é afetado
  • 45 anos 1 em cada 30 bebês é afetado

Se aliarmos a dificuldade de produção de óvulos, com o aumento da taxa de malformação e abortamento, teremos um grupo de mulheres em que o tratamento utilizando-se o próprio material genético torna-se praticamente negativo. Outras não têm os ovários ou já estão na menopausa. Para estas mulheres existe a possibilidade de utilizar óvulos doados.

Congelamento de Óvulos

A criopreservação de óvulos é uma excelente alternativa para a manutenção do futuro reprodutivo das mulheres. Quando a mulher nasce, os óvulos já estão prontos, aguardando o momento da ovulação. Algo acontece, e não sabemos qual o mecanismo, em que a idade da mulher afeta a qualidade genética dos óvulos. Estas alterações poderão fazer com que o óvulo ao ser fecundado apresente uma anomalia genética, levando a incapacidade de continuar a sua divisão celular e vir a se fixar no útero. Isto faz com que diminua a possibilidade de gravidez. Outras alterações podem ocasionar abortos espontâneos ou que a criança nasça com alguma alteração genética. A mais comum é a Síndrome de Down.

A técnica vem sendo pesquisada há 25 anos.  Após uma estimulação, semelhante ao tratamento da fertilização invitro, os óvulos são aspirados por via vaginal com controles ultrassonográfico e sedação leve (processo indolor), levados ao laboratório, são selecionados e congelados através da técnica de vitrificação. O congelamento a 196º negativos em nitrogênio liquido, os óvulos poderão ser preservados eternamente. Os aperfeiçoamentos da técnica têm demonstrado resultados satisfatórios, obtendo índices de gestação comparáveis aos obtidos com embriões congelados.

Congelamento do Tecido Ovariano

Sem opções de preservar a fertilidade, muitas mulheres que se submeteram a um tratamento de câncer, irão passar mais da metade de suas vidas na menopausa, e serem consequentemente inférteis. Os tratamentos de radioterapia e da quimioterapia acarretam danos a função ovulatória e os médicos especialistas em reprodução humana já estão explorando as várias opções para preservar a função ovariana e a fertilidade, focando na criopreservação de tecidos.

O autotransplante do tecido ovariano criopreservado tem a vantagem de não necessitar um parceiro, ao contrário do congelamento embrionário que acontece hoje quando a mulher é casada.  E também diferentemente da criopreservação de óvulos e embriões, não necessita de adiamento da quimioterapia, para se coletar os óvulos. Outro fato, é que os folículos primordiais são mais resistentes a criopreservação, comparados com óvulos maduros ou imaturos.  Após a recuperação da paciente, curada do câncer, o tecido ovariano criopreservado poderá ser transplantado em um local próximo da localização natural dos ovários (Transplante ortotopico) ou em um local fora da pelve (heterotopico).  Algumas gravidezes foram reportadas nos dois tipos de transplantes.

Doação Temporária de Útero

A doação temporária de útero é indicada para casais em que a mulher tirou o útero ou parte dele, o que inviabiliza uma gestação. Também há casos de mulheres que têm alterações congênitas que modificam de tal forma a anatomia uterina que impossibilitam gestar um filho.

Assim acontece o procedimento da utilização temporária de útero: a paciente produz seus óvulos. Estes são aspirados – como numa fertilização in vitro convencional – e conduzidos ao laboratório, onde são fecundados pelos espermatozoides do marido. Durante todo o tratamento de indução da ovulação, a doadora de útero tem seus hormônios monitorados e ajustados para que esteja preparada para receber os embriões. Estes são transferidos para o útero da doadora por um fino cateter plástico, técnica assistida por ultrassom.

Esta transferência é um procedimento extremamente simples. É indolor como um exame ginecológico. Após a transferência, a paciente deve observar repouso relativo por dois dias. Em seguida, vida normal.

A medicação é mantida por 12 semanas de gravidez, pois neste período a produção hormonal é de responsabilidade do ovário; como o órgão não participou do tratamento de estimulação hormonal, precisa ser suplementado.

Após a 12ª semana de gestação, a placenta assume o comando da produção hormonal e interrompe-se a administração do medicamento. A gravidez se desenvolve então de maneira semelhante a uma gestação obtida de forma natural.

Mulheres que já entraram na menopausa podem ser doadoras de útero, pois o que importa é o útero. Se este está sadio responderá igualmente aos estímulos hormonais necessários, independentemente de estarem sem funcionamento devido à menopausa. Este tratamento tem uma taxa de gravidez de 40 a 45%.

O Conselho Federal de Medicina normatiza que este procedimento só deverá ser utilizado com parentes de até segundo grau. Isso em razão do normal apego que qualquer mulher sente pelo feto que está em gestação no útero dela.

Ovulação Induzida

Há duas indicações básicas para se recorrer à indução de ovulação: pacientes que não tenham ovulação e aquelas que, que apesar de ovular, apresentam baixa qualidade hormonal;

No entanto, pacientes com ovulação normal também recorrem a este procedimento. Segundo estudos, a chance de gravidez em ciclos estimulados é estatisticamente maior do que em ciclos naturais. Para induzir ou melhorar a ovulação, utilizamos medicamentos que estimulam o organismo a produzir hormônios. Outro procedimento é fornecer diretamente os hormônios que atuam no ovário.

Todo estímulo à ovulação deve ser monitorado para que não haja dúvida quanto à resposta e garantir que a dosagem da medicação utilizada é adequada. Em estimulações mais simples, este controle é monitorado por ultrassonografias.

Outros de maior complexidade, além do ultrassom, exigem a avaliação da produção hormonal do ovário. Um protocolo específico é feito, de acordo com o perfil hormonal e o tipo de estímulo.

A dúvida mais frequente é quanto ao uso de hormônios. Habitualmente os hormônios que atuam diretamente no ovário são derivados humanos. Ou seja, são retirados de mulheres na menopausa ou de grávidas. Nos dois casos, há produção excessiva destes hormônios. Atualmente, usam-se também hormônios produzidos por engenharia genética, pois são absolutamente puros.

Os que agem estimulando o organismo a produzir hormônios são sintéticos, mas a atuação deles se faz à distância. Outra dúvida comum é se a ingestão de hormônios engorda. A ovulação produz uma quantidade maior de hormônio ovariano, o que faz com que a paciente apresente certo “inchaço”, semelhante àquele que ocorre no período pré-menstrual o que habitualmente desaparece com a interrupção do medicamento. Há ainda a tensão emocional que pode causar um substancial aumento da “fome”.

Os protocolos de estimulação da ovulação conseguem aproximadamente 80% de resultados positivos. Os 20% restantes são resultado de má resposta à indução ou retenção folicular ocasionada por flutuações inadequadas dos hormônios.