1. Ultrassonografia:
Mostrará a estrutura dos órgãos. O ultrassom tem a propriedade de nos mostrar a estrutura interna dos órgãos. É como se ao analisar uma parede pudéssemos ver a sua parte interna, isto é, ver os tijolos no seu interior.
O ultrassom poderá nos mostrar se existem miomas na parede do útero ou outras anomalias que possam intervir na forma do útero ou pressionar a cavidade causando distúrbios da sua dinâmica.
2. Histerosalpingografia:
É um exame de raios-X, realizado com contraste, que nos mostrará as alterações da cavidade uterina, como pólipos, cicatrizes etc. O trajeto tubário é o dado mais importante mostrado por este exame. Este, hoje, é o único exame que pode nos mostrar o estado do interior da trompa bem como da passagem do contraste, comprovando seu trajeto.
Futuramente teremos um exame que poderemos avaliar o interior da trompa, através da visão direta por endoscopia.
3. Histeroscopia:
É o exame que avaliaremos diretamente a cavidade do útero, através de um endoscópio. Este, é uma sonda fina de 3 mm de diâmetro que acoplado a uma câmera de televisão, nos permite entrar pelo colo do útero e avaliar diretamente o interior do útero. Este exame habitualmente é realizado em consultório. Indolor, pode em alguns casos produzir uma leve pressão ou cólica, dado a entrada do gás que utilizamos para distender a cavidade uterina.
4. Laparoscopia:
Através deste exame avaliaremos diretamente a cavidade abdominal, e poderemos diagnosticar as alterações que podem dificultar o trabalho das trompas e dos ovários, sejam elas por aderências, endometriose etc..
Trata-se de uma pequena cirurgia, realizada em ambiente hospitalar, sob anestesia. Através de uma pequena incisão no umbigo, se insere um tubo acoplado a uma câmera de televisão. Veremos então com nitidez, toda a cavidade abdominal, podendo então diagnosticar toda e qualquer alteração que possa interferir com a função de trompa e ovário.
Nem todos os exames são necessários, mas devem ser aplicados com critério em cada caso. O importante é que chegue a uma conclusão do ou dos fatores que interferem na fertilidade, e a partir daí, se faça um plano de tratamento.
Também na avaliação poderemos ter dois exames de sangue que possam sugerir alterações. Um mede a dosagem de CA125 que poderá indicar endometriose, e o outro exame fará a pesquisa da presença de um anticorpo contra uma bactéria chamada Clamídia Tracomatis, a presença do anticorpo significa, que o individuo já entrou em contato alguma vez com a bactéria. Esta bactéria tem uma predileção por atingir as trompas, sendo o exame positivo, a atenção se volta para uma provável lesão tubária. Dificilmente com este exame consegue-se detectar uma fase aguda, portanto na positividade não é necessário tratamento antibioterápico. A clamídia é uma doença transmitida por via sexual e dificilmente apresenta algum sintoma, o organismo debela a bactéria através dos anticorpos.